terça-feira, agosto 29, 2006

preciso ler isso mais vezes....

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte... "


Pablo Neruda

segunda-feira, julho 31, 2006

SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO


Uma das coisas que mais sinto falta de quando a Ila era bebê é de amamentar.

É uma sensação estranha no início, mas ao mesmo tempo maravilhosa, indescritível, você sentir seu seio se enchendo de leite, de vida, de amor.

Umas das imagens mais lindas pra mim, é me lembrar da minha filha ainda bebê, rindo e o meu leite esguichando na sua boquinha aberta, o leite escorrendo pelo cantinho de sua boca. A carinha de felicidade plena, tanto minha quanto dela!

Aquele olho no olho, aquela cumplicidade...

quando ela já estava maiorzinha, eu me deitava no colchão e ela vinha pra cima de mim, esfregava a carinha no meu peito até escaixar o bico na sua boquinha e mandava ver. Durante o tempo que Ila mamou, ela não teve nenhuma doença, não tomava vitaminas, nada.

Nas vezes em que ela tomou vacina, o seio também foi fundamental, como ajudava a acalmá-la!

Ila mamou exclusivamente até oito meses e depois até os dois anos. Por mim teria mamado muito mais.

Bom, para resumir, se é que dá para resumir uma emoção tão maravilhosa, tão plena, amamentar é maravilhoso, é divino, é um ato de amor.

Abaixo seguem links de sites importantíssimos

http://www.humpar.org/vantagensamamentacao.htm
http://www.amigasdopeito.org.br/
http://relatosdoamamentar.multiply.com/
http://www.aleitamento.com

este post tem a honra de fazer parte da blogagem coletiva idealizada pela Denise Arcoverde http://www.sindromedeestocolmo.com/

quinta-feira, maio 11, 2006

relato de parto

eu não criei esse blog pra falar sobre isso, ou melhor, pra falar sobre a minha experiência com a cesárea, mas, quem sabe, numa visão meio metida a besta da minha parte, eu consiga ajudar alguém a não passar pelo que eu passei.
Até hoje me causa muita frustração, dizer que eu superei, seria uma mentira deslavada, talvez eu tenha "aprendido" a conviver com o fato. Mas que ainda me incomoda, me cutuca, me deixa até triste...

aí vai:

relato de parto

Sempre sonhei com o parto normal, às vezes queria ter meu filho como uma índia, na beira de um rio, acocorada... Quando era criança, brincava com minhas bonecas colocando-as embaixo da blusa, desfilando meu “barrigão”. Engraçado... nunca sonhei em me casar, véu, grinalda, festa, aliás detesto ir em casamentos. Mas com filhos... sempre foi um sonho muito bom! Não q uma coisa tenha a ver necessariamente com outra, pelo menos não pra mim.

Minha gravidez foi tranqüila, fora sogra enchendo o saco... Tive uma alergia horrível, acordava no meio da noite querendo uma lixa pra me coçar. Tudo por conta de umas manchinhas q apareceram no meu seio, q pra mim eram manchas de gravidez, normal, não coçavam, não me incomodavam em nada, mas a minha EX-médica cismou q eu tinha q ir no dermatologista. Este me passou uma penca de remédios, q aí sim me deram essa alergia brutal, fui em outro, q passou outra penca de remédios, desencadeando mais alergias, fui em um alergista, q me fez aquele exame com agulhas (q mais tarde eu soube q não poderia ter feito estando grávida e q tb não teria a menor validade, pq na gravidez a gente fica toda alterada mesmo) e esse me passou mais um monte de remédios, q como os outros não me livraram da alergia, só pioraram! Eu acordava chorando desesperada no meio da noite de tanto q coçava, minha pele na região da barriga, dos quadris e das pernas ficou cheia de feridinhas, como brotoejas bem feias e às vezes até purulentas (ECA)
Depois de muita coceira, muito dinheiro jogado fora em remédios, fui em outra alergista, que me receitou um único remédio, q não custava nem sete reais, e q acabou com a coceira como por encanto! Essa médica ainda me disse q eu tive muuuuita sorte por ter tido essa alergia depois do terceiro mês de gravidez, pq senão o risco de afetar o bebê teria sido muito maior, ou seja, havia o risco da minha bebê ter sido afetada!!! Ela ainda me disse q estava chocada, pq pelo teste e pelo remédio q haviam me dado pareciam q tinham ignorado por completo a minha gravidez. “Te trataram como se vc não estivesse grávida!” Palavras dela.
Enfim, fora isso, tudo bem, tudo normal nas ultras, pressão Ok, e toda vez q eu ia pras consultas falava com a minha médica q queria um parto normal e ela dizia q tudo bem, q se não houvesse nenhuma complicação, que se corresse tudo bem, que seria parto normal, mas q só dava pra saber na hora. Ou seja, aquele blábláblá todo q hoje em dia eu sei q é tudo conversa fiada. Me lembro da primeira consulta quando eu disse q queria um parto de cócoras ou quem sabe na água e ela na mesma hora disse q não fazia “partos alternativos”.
O primeiro médico q eu fui era meu ginecologista, mas como eu nunca tive nenhum problema, eu só ia nele uma vez por ano fazer o preventivo. Quando descobri q estava grávida, fui nele e na primeira consulta ele começou a fumar comigo dentro do consultório!!! Lógico q não voltei mais nele!
Como ela tinha sido super bem indicada por uma amiga e eu não conhecia nenhum outro médico,
continuei meu pré natal com ela e pensando: “na hora eu fico de cócoras mesmo ela não querendo, ela vai ter q dar o jeito dela” Deu pra perceber como eu era ingênua pra não dizer uma paquiderme!!!!
Bom, pra mim essa parte do parto estava resolvida, não pensava muito nisso, até por medo do desconhecido mesmo, eu tinha um pouco de medo da dor mas pensava q se tem tanta gente no mundo, sinal q não é uma dor insuportável. Na minha cabeça ia ser parto normal e pronto!
Bem, eram por volta de onze horas da noite quando eu fui me deitar e, quando me virei de lado, senti um PLOC e desceu aquela aguaceira, levei um susto tremendo, não sentia dor nenhuma, nenhuma contração, nada. Haviam dias q eu estava sentindo dores na lombar e umas fisgadas bem embaixo, como se fosse por dentro da vagina. Mas como faltavam dez dias pra quarenta semanas...
Bem, a bolsa estourou e eu fiquei apavorada, corri pro hospital, eu, meu marido e minha mãe (nós morávamos na casa dela na época). Tentamos ligar pra minha médica mas não conseguimos, quando chegamos no hospital eles entraram em contato com ela.
Fizeram a internação e eu apavorada me perguntando como q a recepcionista ficava me fazendo tanta pergunta, me pedindo pra assinar o cheque caução, etc, etc, etc e eu ali em pleno trabalho de parto!!!!!!

Me levaram pra uma salinha e veio uma enfermeira com uma cara de q estava de mal com o mundo e me fez o exame de toque, o q diga-se de passagem, foi uma das piores experiências da minha vida!!! Ela foi de uma brutalidade!!!! Doeu MUITO. O Felipe (meu marido) estava na sala comigo e ficou assustado com a brutalidade dela. Eu perguntei se estava com dilatação e ela me disse q eu estava com um centímetro. Me levaram pra uma suíte chiquérrima pq o andar onde ficava a maternidade estava lotado. Logo depois chegou a minha médica que, sem nem ao menos tocar em mim, disse q teria q ser cesária pq a criança ia entrar em sofrimento! Eu ainda perguntei pra ela se não podíamos esperar um pouco, pra ver se eu tinha dilatação, se começavam as contrações, mas ela disse q se eu queria correr o risco.... Que eu estava perdendo água e q isso faz o bebê entrar em sofrimento, que a gente não podia esperar, eu perguntei se ela não ia me examinar mas ela disse q não precisava.
Bem, minha médica ainda estava me dizendo isso, quando veio a enfermeira fazer a tricotomia, (horrível tb), fui até o banheiro, joguei uma ducha apenas nas pernas e voltei pra cama pra tal da tricotomia, minha Ex-médica dizendo q ia ficar óóóóótima a cicatriz, q não ia nem aparecer quando eu usasse biquíni!!!! Eu mereço....
Pus a camisola ridícula, veio a maca, e eu subi, com todo mundo, inclusive o enfermeiro q conduzia a maca vendo a minha bunda! Tudo bem q eu só pensava q algo podia acontecer com a minha filha, q ela podia entrar em sofrimento (pelo menos segundo a médica), mas foi degradante.
Entramos no centro cirúrgico, uma sala fria, verde, horrível, eu? APAVORADA! De novo, não com a cirurgia, apesar de detestar a idéia de ser cortada, ( NUNCA tinha passado por uma cirurgia antes), mas com a possibilidade de minha bebê não estar bem. Eu só queria q tudo aquilo acabasse logo e q eu pudesse pegar minha filha nos braços.
Levaram o Felipe pra uma outra sala pra q ele colocasse as roupas do centro cirúrgico e deixaram ele lá mofando... só o chamaram quando já estavam me cortando.
Eu fiquei jogada na maca, olhando pro teto, rezando, pedindo a Deus q minha filha estivesse bem e ficava cutucando a barriga pra sentir a Ila mexer, só assim conseguia me acalmar um pouco. As pessoas dentro do centro cirúrgico conversando, falando bobagens, comentando do programa de televisão, falando no celular... eu me sentia uma peça do centro, um pedaço de carne jogado no meio do nada...
De vez em quando entrava alguém, chegava perto de mim, despenteava minha franja, (me senti um cachorro sendo afagado nessas horas e não de uma forma boa) e diziam “Oi mãezinha” e eu pensava quase exteriorizando meu pensamento ”MÃEZINHA É O C...............O! Minha filha tá entrando em sofrimento e vcs aí discutindo a novela!!!!”
Alguém da equipe começa a me fazer um monte de perguntas, tipo se eu era diabética, se tinha tido algum problema durante a gravidez e olhava meus exames. (é, eu tinha levado a minha pastinha com todos os exames de pré-natal e não sei como foi parar na mão dessa pessoa).
Como fundo musical o som dos instrumentos sendo arrumados naqueles carrinhos, bandejas, tudo foi arrumado comigo dentro do centro cirúrgico, não sei se é a prática certa, mas q é horrível ficar ouvindo aquilo, ah isso é!
Minha Ex- médica chega, discutindo no celular com a filha que estava num show sei lá aonde e eu pergunto pra ela o pq q tudo aquilo estava acontecendo, se eu tinha feito algo errado, se era pq eu tinha cismado de varrer o tapete da sala naquela tarde, pq queria q a casa estivesse limpa quando minha filha chegasse... E ela dizia q não, q isso acontecia e não se sabia o pq....
Veio o anestesista, e eu fiquei de lado com a bundona e as partes adjacentes toda de fora, com toda aquela equipe (não sei pra q tanta gente e ainda por cima ficavam entrando e saindo) vendo tudo e mais um pouco....
O anestesista me explicou q ia me dar a anestesia ráquia/peridural (não me lembro qual foi agora, mas é a q a gente não sente nada da cintura pra baixo) pq eu estava muito ansiosa então era melhor q eu não sentisse mexendo em mim. Isso eu agradeço a Deus, eu queria sentir minha filha NASCENDO de mim, pelos meios normais e não sendo arrancada de mim. O efeito foi muito rápido, não sentia mais as pernas e é uma sensação terrível. Não fazia idéia de onde elas estavam, como estavam...
Uma mulher passou um líquido vermelho na minha barriga, mercúrio, sei lá, e eu metia a mão em cima pra poder cutucar a Ila até ela mexer, vinha a mulher de novo, e falava q não podia passar a mão, pq ela já tinha esterilizado. Eu respondia “tá bom”, ela virava as costas e lá ia eu cutucar a Ila de novo... Ela teve q esterilizar várias vezes....
Eu estava lá deitada de braços abertos, aquele soro horrível entrando na veia, o anestesista de vez em quando aplicava alguma coisa. O Felipe entra na sala e fica ao meu lado, eu pergunto pra ele se já começaram a me cortar e ele diz q sim. Que coisa estranha, eu falando com a barriga aberta!
De repente eu começo a tremer, MUITO, MUITO MESMO!!! Algo totalmente sem controle!!!! Parecia q eu estava tomando um choque! Olho assustada pro anestesista, q por incrível q pareça foi a pessoa q mais me deu atenção durante a cirurgia, e ele diz q é normal, q é só uma reação à anestesia!!! Aplica mais um treco na minha veia e o tremor vai diminuindo. Daí é o meu nariz q entope, falo pro anestesista e ele pinga um líquido no meu nariz e me põe a máscara de oxigênio. Completamente apavorada, escuto minha médica falar pra assistente: “Olha que músculo lindo q ela tem! Ela malhava muito, Felipe?”
Não vou nem citar os palavrões q passaram na minha cabeça....
O anestesista sobe em cima de mim e de repente eu escuto um choro muito alto, berro melhor dizendo! O anestesista levanta minha cabeça e a médica levanta o maior amor da minha vida.... Lá estava ela, toda esticada, bracinhos e perninhas bem esticadas, berrando, cabeluda, toda gosmentinha, coberta de vérnix. O pediatra a enrolou e a encostou no meu rosto, eu só chorava e comecei a beijá-la e dizer: “Oi meu amor, é a mamãe, é a mamãe”, acho q ela me reconheceu, pq foi diminuindo o choro e começou a morder meu queixo...
Eu perguntei se tava tudo bem com ela e ele a desenrolou, me mostrou e disse q sim, q tava tudo bem. Eu tentava abraça-la, mas meu braço tava preso no soro e pelo anestesista tb.
Eram duas horas da manhã.
A levaram e eu já fiquei com saudades, eu queria q o Felipe tivesse ido junto com ela, mas ele tava lá embasbacado com a médica me remendando... depois ele me contou q parecia uma máquina de solda, ela encostava o instrumento no corte e saia uma fumacinha....
Me levaram pro quarto e quando me puseram na maca, vi a quantidade de sangue q havia na mesa de operação...
Fui pro quarto e o anestesista veio me ver e me disse q eu poderia ter novamente aquela tremedeira, q já ia deixar prescrito o remédio pra aplicarem e não deu outra, tive a tremedeira novamente só q menos forte.
Entra minha mãe e meu irmão no quarto e diz q a minha filha é linda e que tá berrando no berçário. Me deu uma pena enorme e eu tava meio zonza, meio fora da realidade... Sinceramente não me lembro se ela veio logo pro quarto, nem o Felipe lembra, eu acho q sim, pq me lembro q quando eu dormi ela já estava no quarto comigo. Hoje em dia me corta o coração pensar q ela ficou lá chorando... Mas acho q na hora eu devo ter pensado q ela estava sendo bem tratada... Só me lembro q quando a trouxeram eu não conseguia tirar os olhos dela, olhando aquela coisinha cabeluda, com os olhinhos abertos, eu pensava: “Meus Deus, o q q eu vou fazer com ela agora?” E ficamos eu e Felipe embasbacados admirando a “cria”...
Mais ou menos seis horas depois da cirurgia, vieram me trocar de quarto, havia vagado um quarto no andar da maternidade. Duas enfermeiras horríveis resolveram me botar de pé, DOÍA horrores e uma delas teve a brilhante idéia de aproveitar pra trocar a fralda q eu usava, até aí tudo bem, se ela não tivesse dado um puxão na fralda assim q eu levantei, fazendo com q a sonda q eu estava saísse do lugar, me machucando por dentro, parecia q tinha uma faca dentro de mim!
Me sentaram numa cadeira de rodas, me levaram pro elevador q por sinal na porta tinha um ressalto e q doeu muito quando passei por ele. Quando chegamos próximo à porta do meu novo quarto, o rapaz q estava empurrando a cadeira foi chamado por uma outra enfermeira e ele me estacionou por um instante. Minha sogra, para meu bel prazer, saiu empurrando a cadeira feito uma louca e, lógico, ERROU a porta de mais de um metro de largura e ME ACERTOU COM TODA FORÇA CONTRA A PAREDE.
Nem preciso narrar a dor que senti nem as palavras doces q saíram de minha linda boquinha................
Bem, Ila passou fome três dias até meu leite descer mesmo, na maternidade de madrugada, a enfermeira veio com uma mamadeirinha de Nan e disse q o pediatra tinha autorizado dar pra q eu pudesse descansar um pouco e q ele só fazia isso quando via q a mãe estava se esforçando pra dar de mamar. A paquiderme q vos narra ainda ficou orgulhosa de ouvir isso.... Ila devorou aquele leitinho, devia ter um dedo de leite, era beeeeeem pouco e dormiu NOVE HORAS SEGUIDAS!!!!!!!!! Que Nan q nada, devia ter lexotan naquela mamadeira!!!!!
Eu e o Felipe ficamos apavorados e só conseguimos respirar de novo quando ela finalmente acordou.
O pós-operatório foi terrível, dores, minha barriga saiu do hospital maior do q quando eu tinha entrado, não conseguia cuidar da Ila direito, tinha q me arrastar pra fora da cama, pq não tinha força nenhuma no abdômen.
Bem, foi isso, fiquei meses pensando:”O q q eu fiz de errado?” “será q foi o tal tapete?”
Quando fui nas consultas posteriores de rotina, perguntei pra médica se poderia num próximo filho ter um parto normal e ela me disse q era difícil pq poderia ter quelóide, ruptura, etc.
E meu sonho de ter muitos filhos foi por água abaixo... Outra cesárea? Nem pensar. Tudo bem, eu adotaria.
Até q descobri as listas, a Ingrid e todas as mulheres maravilhosas q me ajudaram a ver a verdade, a dura verdade....
Que por puro comodismo, uma mulher, uma médica, friamente e futilmente nega o direito de uma outra mulher de parir seu filho de uma forma natural, de uma forma sonhada, de uma forma desejada. Ela cortou um processo q estava caminhando normalmente e me fez pensar (e me culpar) q tinha algo errado quando tudo estava dentro da normalidade....
Ainda dói, dói muito, eu e minha filha fomos castradas do nosso direito. Eu de parir dignamente e ela de nascer de uma forma mais doce, muito mais bonita, humanizada, naturalmente.
Amo minha filha mais q tudo e eu sei q ela me ama tb, não posso afirmar q nossas vidas seriam diferentes se tivesse sido um parto normal, mas com certeza a cesárea ajudou e muito pra minha depressão.... E com certeza isso afeta minha filha.

terça-feira, maio 09, 2006

mudanças

Continuo cansada... Parece que o cansaço às vezes já faz parte de mim, mas não, saia desse corpo que ele NÃO te pertence!!!

Mudando radicalmente de assunto, como eu gosto desse tempinho, pra mim poderia estar beeeem mais frio, nevando seria o ideal! Como eu gosto de frio, como eu gosto daqueles dias de céu azul, aquele sol com um calorzinho delicioso, na sombra aquele friozinho, como eu gosto.
Como eu queria ter uma rua legal pra andar, sem sujeira, sem colônias de copos de guaravita pelo chão, sem cocô de cachorro (eu espero sinceramente que seja só de cachorro, mas muitas vezes tenho minhas dúvidas). POR QUE fazem isso? Eu não consigo entender, juro, não entra na minha cabeça como alguém pode jogar um papel, um copo de mate, uma lata no chão, na maior cara de pau, sem ter a menor dor na consciência!!! COMO??? Eu não consigo, chego em casa com meu lixinho particular todo na bolsa, prontinho pra ser despejado na minha lixeira, sim porque encontrar uma lixeira sem o fundo quebrado na rua é quase uma missão impossível.

Quando as pessoas vão entender que o bem público não é o que "não é de ninguém" e sim "o que é de TODO mundo" então TODOS temos a OBRIGAÇÃO de cuidar!!!

Caraca, será que é tão difícil de se entender isso?

Mas enfim, como eu queria ter um parque legal pra passear com a minha filha, andar de bicicleta, fazer um piquenique, jogar bola, um lugar que tivesse um parquinho legal pra ela brincar. E essa bosta de cidade ainda tem o dispudor de se autointitular SEGUNDA em qualidade de vida. RÁ, que piada...

Eu sei, tô com um humor de cão, mas ninguém pode dizer que eu não tenho razão...

quinta-feira, abril 27, 2006

Cansadaaaaaaa, estou cansada. Melhor dizendo, estou EXAUSTA. Mas não é somente um cansaço físico, é um cansaço mental misturado com um cansaço emocional, um cansaço geral.

Hoje fui num "evento cultural" na escola da minha filha. Só mãe mesmo pra aguentar aquilo. Porque tudo bem quando é seu filho que está se apresentando, qualquer coisa que o seu filho faça você está ali, babando, eu adoro. Tanto que adorei quando a Ila estava lá em cima do palco, com mais umas cem crianças cantando uma musiquinha, mas depois, que não era mais ela, PUTZ que vontade de sair correndo, porque você via que nem as crianças estavam se divertindo e eu eu acho que é esse EXATAMENTE o ponto dessas apresentações. O principal é a criança se divertir, detesto quando vejo mães praticamente obrigarem os filhos a subirem no palco quando é nítido que a criança não está a fim.

mas o pior mesmo foi uma dança que teve depois, o que que foi aquilo???

umas meninas de catorze, quinze anos dançando ou melhor fingindo que estavam dançando flamenco. HORRÍVEL.

não tinha paixão, não tinha movimento, pareciam uns robôs enferrujados, juro, acho que se eu tivesse um tomate ali eu tascava. Horrível pensar isso, mas é porque vocês não estavam lá!

Foi um verdadeiro assassinato da dança!

segunda-feira, abril 03, 2006

Caracas

tem quase um ano que não venho aqui

na verdade nem lembrava de ter criado esse blog, não lembrava nem do nome dele...

mas às vezes dá uma vontade louca de escrever, uma vontade louca de pôr tudo pra fora, todos os pensamentos da minha cabeça.

minha cabeça anda a mil, penso em zilhões de coisas ao mesmo tempo, me canso só de pensar...

que vontade de sair desse país, que vontade de morar em outro lugar, que vontade de fazer tanta coisa e ao mesmo tempo tão pouca disposição...

tá certo que tb não tenho dormido muito bem há algumas noites, eu PRECISO aprender a relaxar, ah relaxar, tem tempo que não sei o que é isso.

mas tb não quero ficar reclamando, coisa chata isso. não ajuda em nada, eu andei muito reclamona uns tempos atrás, mas até q a verdade me deu uma porrada e caiu a ficha que não adianta reclamar, vc só perde tempo com isso. tem que fazer acontecer!